Sobre
Ana Catarina Ferreira
Estudei em Bragança, primeiro em Engenharia Eletrotécnica e depois em Engenharia Agronómica, mas não cheguei a concluir os cursos. Todo o tempo que tinha acabava por dedicar mais aos animais do que aos estudos e, por isso, houve uma altura em que tive que fazer opções. A exploração ganhou.
Eu e a Inês, a minha irmã, nascemos em Bragança, mas fomos habituadas desde pequeninas a passar muito tempo na quinta dos meus avós, no meio dos animais. Os meus avós viviam da agricultura e nós andávamos muitas vezes com eles na lavoura ou enquanto tratavam dos animais. Lembro-me de, quando tinha 5 anos, adorar andar com eles no trator. Nessa altura não ajudávamos nada, claro, mas isso acabou por nos fazer despertar o gosto por esta vida.
Eu e a Inês, a minha irmã, nascemos em Bragança, mas fomos habituadas desde pequeninas a passar muito tempo na quinta dos meus avós, no meio dos animais. Os meus avós viviam da agricultura e nós andávamos muitas vezes com eles na lavoura ou enquanto tratavam dos animais. Lembro-me de, quando tinha 5 anos, adorar andar com eles no trator. Nessa altura não ajudávamos nada, claro, mas isso acabou por nos fazer despertar o gosto por esta vida.
“Tudo o que este projeto é, se deve a eles, porque nós pegamos no que eles nos deixaram e seguimos as suas pisadas.”
Tudo o que este projeto é, se deve a eles, porque nós pegamos no que eles nos deixaram e seguimos as suas pisadas. Por exemplo, ainda hoje continuamos cuidar dos animais como eles o faziam e a alimentá-los da forma tradicional. Claro que para além de lhes darmos produtos cultivados por nós, fazemos um suplemento da ração para que cresçam de forma mais saudável. Especialmente quando as porcas estão a amamentar. Mas a base é a tradicional, tal como os nossos avós faziam.
A maior diferença entre a quinta dos nossos avós e a nossa exploração atual é a raça do porco. Os meus avós criavam Porco Branco e nós optámos pelo Porco Bísaro.
Escolhemos esta por ser uma raça autóctone da região. Apesar de as fêmeas não terem tantos leitões como as porcas de outras raças, são normalmente mais meigas. A maneira como criam os leitões é diferente. E o sabor da carne não tem nada a ver com as outras raças. É uma carne mais saborosa e mais saudável.
Atualmente, temos cerca de 60 ou 70 porcas reprodutoras. E todo o trabalho é dividido entre mim, a minha irmã e os meus pais. O dia começa com a alimentação dos animais de manhã. Depois vamos ver como estão as porcas e os leitões, procedemos à vacinação, à pesagem dos leitões e outras coisas do género.
Aquilo que eu mais queria era que a raça Bísara fosse mais divulgada. Que se percebesse que estes porcos não dão apenas para fumeiro. Quer sejam leitões ou porcos adultos, são tão bons ou melhores para o consumo como as outras raças.
Escolhemos esta por ser uma raça autóctone da região. Apesar de as fêmeas não terem tantos leitões como as porcas de outras raças, são normalmente mais meigas. A maneira como criam os leitões é diferente. E o sabor da carne não tem nada a ver com as outras raças. É uma carne mais saborosa e mais saudável.
Atualmente, temos cerca de 60 ou 70 porcas reprodutoras. E todo o trabalho é dividido entre mim, a minha irmã e os meus pais. O dia começa com a alimentação dos animais de manhã. Depois vamos ver como estão as porcas e os leitões, procedemos à vacinação, à pesagem dos leitões e outras coisas do género.
Aquilo que eu mais queria era que a raça Bísara fosse mais divulgada. Que se percebesse que estes porcos não dão apenas para fumeiro. Quer sejam leitões ou porcos adultos, são tão bons ou melhores para o consumo como as outras raças.